Verdade subjetiva e Kant
Antes de falar sobre Kant seria interessante fazer a seguinte pergunta:
Como podemos ter um conhecimento seguro e verdadeiro sobre as coisas do mundo?
Immanuel Kant, em sua juventude aceitava a resposta racionalista de que conhecemos a verdade pelo intelecto, não pelos sentidos, e que o intelecto possuía suas próprias ideias
“Inatas”. Após ler as obras de David Hume, nas quais afirma que o homem só pode conhecer a verdade mediante os sentidos e não por ideias “inatas”, Kant deu inicio a uma especulação ceticista que o levou a acreditar que é impossível conhecer a verdade com certeza. Dessa forma considerou inaceitável tanto o empirismo como o racionalismo. Havia uma terceira teoria desde os tempos de Aristóteles, conhecida como
“filosofia do senso comum” que é o realismo. De acordo com o realismo, podemos conhecer a verdade por meio do intelecto e dos sentidos, desde que ambos trabalhem em conjunto. Kant não se voltou para o realismo tradicional questionou como podemos ter um conhecimento seguro e verdadeiro sobre as coisas do mundo? Assim inventou uma nova teoria do conhecimento chamada de idealismo na qual Kant redefiniu a verdade como algo subjetivo.
O conceito de verdade foi redefinido como “uma realidade que se conforma segundo nossas ideias”. Ele afirma que a realidade que conhecemos filosoficamente não é a realidade em si das coisas, mas a realidade tal como ela é estruturada em nossa razão. Kant utiliza duas palavras gregas para se referir a realidade de sua filosofia: A palavra noumenon, que significa realidade em si e a palavra phainomenon (fenômeno), que significa a realidade da forma que ela se manifesta para nossa razão ou consciência.
A partir disso Kant afirma que nós não podemos conhecer o noumenon (coisa em si) mas que nosso conhecimento é limitado ao fenômeno (aquilo que se apresenta para a nossa consciência).
Para concluir, Kant afirma que a verdade se refere aos fenômenos e os fenômenos são