Vendendo saúde - análise

Justificativa da escolha do capítulo:
A escolha do capítulo aconteceu pelo seu título que é bastante sugestivo, como todos os demais, e nos forneceria boas opções de trabalho, embora não fosse a nossa opção inicial. O título em um primeiro momento nos remete a medicamentos difíceis para se colocar “goela abaixo”, entretanto, a explanação do autor nos retrata muito do cenário político-social da época, além do processo de transição da publicidade em geral, com ênfase para a indústria farmacêutica, ao nos retratar a criação do CONAR, que deu início às normas que regem a publicidade, nos dando o cenário que temos atualmente. Os Anos de Chumbo foram anos especialmente importantes para o mercado publicitário.

Análise Geral da Época:
Na década de 70, também conhecida como “Os anos de Chumbo”, o país vivia em plena ditadura militar, era uma época de ascensão econômica, contudo uma parcela da população sofria com o flagelo da seca no nordeste. A economia ia bem e o povo ia mal. Hinos embalados pela conquista da taça “Jules Rimet” eram entoados na tentativa de resgatar a confiança da população.
Nesse sentido paradoxal, a classe média consumista crescia, enquanto a saúde da população menos favorecida era cada vez pior. Nesse cenário, a indústria farmacêutica não se importava muito, pois remédios eram vendidos de modo indiscriminado, sem regulamentação específica, com publicidade que prometia cura e estimulava o uso de medicamentos.
A publicidade da indústria farmacêutica se valia de mensagens que prometiam alivio imediato, cura e um tom “politicamente incorreto”, sem transmitir quaisquer informações cientificas.
Com a intenção de regulamentar a publicidade de medicamentos em 1976 surge a Lei 6.360, que versava que a propaganda de medicamentos só poderia ser promovida com autorização do Ministério da Saúde, restringiu a divulgação de medicamentos sujeitos a prescrição à classe médica, os de venda livre seriam objeto de normas especificas e proibia a utilização de