variação linguistica
Trabalho apresentado sob forma de análise como requisito avaliativo da disciplina Sociolingüística, orientado pela professora Maria Eliza Freitas do Nascimento.
Pau dos Ferros/2010.1
O presente trabalho tem como objetivo analisar o capítulo “unidade prévia” e unidade II do livro didático de Português “Tudo é linguagem”, 6º ano de Ana Borgatto, Terezinha Bertin e Vera Marcherzi, publicado pela editora Ática, 2008; se este apresenta variação lingüística e verificar se está ajudando a extinguir ou amenizar o preconceito lingüístico tão arraigado em nossa sociedade.
A língua portuguesa não é única nem homogênea. Ela varia de acordo com vários fatores como status social, sexo, grau de instrução, profissão, estilo pessoal, contexto (formal/informal), região de origem do falante, entre outros. A variação lingüística é uma característica inerente às línguas; e o Brasil, que tem hoje mais de
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180 milhões de habitantes e cerca de duzentos idiomas (além das línguas indígenas – aproximadamente 170 - convivem com o português brasileiro outras quase trinta línguas trazidas pelos imigrantes desde o início do século XIX, após a independência, em 1822) é, por definição, a nação da diversidade, seja nos aspectos econômico, cultural ou social. E essa diversidade se reflete em suas línguas.
Partindo-se da premissa de que a mutabilidade e a variabilidade são características básicas e inequívocas de qualquer língua natural, a Sociolingüística Variacionista tem como principal objetivo a compreensão de como as mudanças se dão nos sistemas lingüísticos e como essas mudanças podem ser relacionadas a processos variáveis sincrônicos nos quais fatores lingüísticos e sociais estão estritamente interligados (WLH, 1968; LABOV, 1972, 1994). Esses pressupostos contrapõem-se à visão estruturalista da língua como um sistema sincronicamente homogêneo, unitário e autônomo. Ao assumir a competição entre forças internas e