Vanguardas artisticas do século xx

Antes de começar a escrever sobre as Vanguardas Artísticas, é necessário retornarmos um pouco mais no tempo para compreender os fatores que possibilitam seu surgimento na primeira metade do séc. XX. Em meio a uma crise econômica, a França viveu uma nova onda revolucionária em 1848. Nessa fase, o movimento ganha reivindicações de caráter social, além das político-econômicas, como a defesa de um regime democrático e constitucionalista, unidos com as demais propostas de nacionalismo e liberalismo. Uniu-se grupos de diversas origens sociais contra o Antigo Regime. É a partir dessa união ideológica que surge o Realismo, uma arte de vanguarda que considera a realidade como problema central, uma vez que é ela quem determina a vida humana. Rejeitado, o Romantismo passou a ser visto como descompromissado com a realidade humana. Após a derrota da experi~^encia revolucionaria da Comuna de Paris, ocorreu uma desagregação no movimento Realista. O fortalecimento econômico, político e social da burguesia fez com que esta percebesse que, se o Realismo continuasse a ser valorizado, cedo ou tarde o restante da população se voltaria contra ela, atribuindo à burguesia a causa das mazelas vividas pelas classes mais baixas (a realidade precisava ser ocultada). Como resultado disso, promove-se a valorização de uma arte não tão comprometida com as causas sociais: surge então o Impressionismo. As Vanguardas Artísticas do início do século XX vão repudiar a arte Impressionista pois a associam à hipocrisia burguesa de não-compromisso social, os movimentos vanguardistas são revolucionários, pois desejam a mudança da sociedade no sentido de algo melhor.
Várias tendências das vanguardas européias, influenciaram diretamente, na Semana de Arte Moderna de 1922, ocorrida em São Paulo, tornada um marco no modernismo brasileiro. As enormes modificações que a tecnologia e a fabricação em massa, que se avolumaram com a crescente urbanização geral das sociedades durante o século 19, não podiam deixar