Vale quanto ou é por quilo?

O filme trata de um assunto que existe desde a época do escambo, a corrupção e o rompimento da ética do homem, onde tudo gira em torno do dinheiro, do poder, do ter posses. “Vale quanto ou é por quilo?” fala de uma forma objetiva e clara sobre as redes de corrupção que se formam devido à sede de ser rico em um país em que a oportunidade é quase nula. As situações e sutilezas são de “um realismo incrível. Como diria o velho Karl Marx o capitalismo fez da dignidade pessoal, de todos os valores humanos um mero valor de troca, das relações pessoais e sociais uma relação de dinheiro e lucro”. Nesta pequena citação tirada de um dos comentários do You Tube que acompanham o filme, traduz o que ocorre em quase todas as esferas, levando a pensar que a expressão “todos tem o seu preço” é de fato realidade.
Podemos perceber claramente que a associação destinada a ensinar informática a crianças carentes, formada através da iniciativa da classe média alta, foi apenas uma forma de desviar grandes montantes de dinheiro público para o bolso de poucos. Em outra parte da história outra associação opta por levar as pessoas que frenquantam o local para um lugar afastado e dão um chá para beber, não perguntando qual sua religião, o que desejam, se aceitam tomar o líquido e não explicam o que irá acontecer; ambas exercem, assim, uma ação de dominação extinguindo a horizontalidade das relações sociais.
Políticos, comunidades, cidadãos comuns, crianças, polícia e crimonosos acabam envolvidos ou se envolvendo nesta rede de corrupção, sendo difícil resisitir. Para fazer frente a esta situação é preciso estabelecer estratégias pessoais e em grupos envolvendo todos os níveis da comunidade para diminuir as chances dos finais