Utilização de lama vermelha tratada com peróxido de hidrogênio e ativada por tratamento térmico como meio adsorvedor do corante reativo blue 19

3018 palavras 13 páginas
Resumo

Os efluentes gerados pelas indústrias têxteis apresentam um nível indesejável de coloração devido à etapa de tingimento, levando à alteração da qualidade das águas ocasionando efeitos danosos ao meio ambiente. A adsorção é uma das técnicas que tem sido empregada com sucesso no tratamento desses efluentes têxteis , porém devido ao alto custo de alguns adsorventes convencionais como o carvão ativado, pesquisas vêm sendo direcionadas para o uso de adsorventes alternativos de baixo custo. Dentre os materiais com grande potencial adsorvedor que podem vir a ser utilizado em substituição ao carvão ativado encontra-se a lama vermelha, resíduo gerado em grande escala, no processo de fabricação de alumínio. Em vista disso, o objetivo deste trabalho foi utilizar a lama vermelha ativada por tratamento químico por peróxido de hidrogênio e por tratamento térmico a uma temperatura de 500 ºC como meio adsorvedor do corante Reativo BLUE 19. Através do modelo de Langmuir foi possível obter a capacidade de adsorção da lama vermelha de aproximadamente 192,3 mg/g, podendo-se assim concluir que as condições utilizadas no processo de adsorção foram adequados e favoráveis à remoção do corante em solução aquosa, e que a lama vermelha quando ativada por tratamento químico e térmico apresenta-se como um adsorvedor alternativo e de baixo custo.
Palavras-chave: lama vermelha, corante, adsorção, isoterma.
1 Introdução
Um dos maiores problemas ambientais com relação à indústria de alumínio é o descarte do resíduo da bauxita, denominado de lama vermelha (red mud). A lama vermelha é um resíduo insolúvel gerado durante a etapa de clarificação do processo Bayer de produção de alumina e esta é constituída por partículas muito finas tendo como principal característica uma elevada alcalinidade e alta área superficial (SILVA FILHO et al., 2008).
Estudos realizados com a lama vermelha sobre corrosividade, reatividade e toxidade não a classifica como um resíduo perigoso, entretanto,

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