Uso da aveia na integração lavoura-pecuária
A integração Lavoura-Pecuária (ILP) refere-se a uma associação entre cultivos agrícolas e produção animal que se faz em diferentes partes do mundo, com os mais diferentes propósitos. A ILP não é uma tecnologia nova; seus conceitos há muito tempo estão em uso. Porém, recentemente retoma força no país e no mundo, pela ineficiência dos atuais modelos agropecuários. A pecuária, por exemplo, não tem sido hábil em transformar em renda os amplos espaços que ocupa e ainda tem sido responsabilizada por impactos que contribuem para o aquecimento global. Já a agricultura tem sido notabilizada pelo alto risco operacional dos sistemas baseados na monocultura e pelos temores ambientais e econômicos trazidos por uma atividade que é, de forma geral, intensiva, descompromissada com os impostos ambientais e de baixa diversificação (CARVALHO et al, 2011). Nesse contexto, a integração lavoura-pecuária tem sido reconhecida como opção singular de sistema de produção onde se pode almejar, de forma concomitante, intensificação e sustentabilidade. O pilar conservacionista do sistema é o plantio direto, as boas práticas de manejo e a utilização de pastagem em intensidade de pastejo moderadas. A diversificação é aportada pelas rotações agrícolas, associada a uma fase pastagem, cujo arranjo sinérgico recicla melhor os nutrientes e diminui a incidência de pragas e doenças (CARVALHO et al, 2011). O termo integração agricultura e pecuária ou integração lavoura e pecuária tem sido muito utilizado atualmente no sentido de se estabelecer um modelo tecnológico de produção agropecuária que permita a intensificação da produção de grãos, utilizando o mesmo espaço geográfico em épocas distintas, maximizando o uso do solo (OLIVEIRA, 2012). O fator mais importante a considerar é que as forrageiras tropicais perenes como a grama Tifton, Coastcross, Capim elefante, Mombaça, Tanzânia, Braquiárias são plantas sensíveis ao frio e não se desenvolvem