Universalismo Heteroglóssico

Introdução
O texto explica, inicialmente, a inquietude do autor em relação aos contextos contraditórios que se registram entre discurso x realidade no âmbito dos Direitos Humanos. É inconcebível, por exemplo, usar os Direitos Humanos como fundamento para entrar em guerra contra o Iraque em 2003 pois na mesma medida destitui-se o Iraque de seus Direitos Humanos. Isso é um conflito de interpretações porque as nações querem legitimar seus interesses.
De que maneira interagem os discursos universais com as perspectivas particularistas? O processo de globalização é desafiador e até perverso quando nos mostra discursos diversos que almejam unj iversalizar os Direitos Humanos. Esse tema é tão problemático quanto a noção de cultura e o conceito de poder.
A tensa oposição entre particularismo e universalismo nos remete a um necessário exercício no qual se postula a existência de uma cultura global. O autor Gustavo L Ribeiro intitula essa cultura mundial como sendo uma “transnacionalidade” que cresce na mesma proporção dos intrínsecos direitos humanos.

O ETERNO RETORNO DA CULTURA:
Em função de constantes desconstrutivismos teóricos (o que o autor chama de “furor fundacionalista”) ficamos sem referências: é a crítica sobre a crítica. Isso afeta a política acadêmica, e também o gosto de quem consegue prestígio e reputação se (des)favorecendo dessa política de múltiplas metodologias. Assim, o conceito de cultura, pulverizado, popularizado, torna-se uma arma nas lutas políticas identitárias.

Falando de poder:

Após discorrer brevemente sobre múltiplos conceitos de poder, o autor afirma se interessar pelo poder dos discursos, a seu ver mais eficaz e permanente do que o poder dos mísseis e canhões. A hegemonia se vale desses discursos. Se não fosse assim, seria preciso uma coação física constante. Nenhuma ideologia e/ou utopia, no final do século XX, tenha sido tão eficaz quanto a do “desenvolvimento” . Ideologias e utopias são conceitos e vivências íntimas do