Uma viagem à India

8 De Julho de 1497
Ali estava eu, uma embarcação para a Índia, a grande descoberta dos portugueses, aquilo que iria conseguir transformar-nos nos primeiros a descobrir o caminho marítimo para a Índia. A minha família tinha ido despedir-se de mim no porto de Lisboa no meu partir, mas eu prometi que iria voltar, também eu assim o esperava.

27 De Novembro de 1497
Já tinham passado 95 dias desde o dia em que partimos, a comida já escasseava e tínhamos mesmo que atracar em algum Porto para abastecer. Apenas 1 marinheiro tinha falecido, pois não estava bem, e devido a escassez de água e medicamentos, ele não aguentou. Fizemos uma missa em sua honra e pedimos a deus que o resto da viagem nos aguente. Estava na hora de almoço, apenas tínhamos pedaços de carne seca salgada, quando, de repente ouvimos: “TERRA Á VISTA”.Saltamos de euforia, alegria, não sei como explicar mas foi uma ótima sensação. Atracamos em Cabo Verde, tentamos conhecer alguns nativos da zona, ver como era a movimentação e o comércio. Fomos abastecer-nos de água e comida. Regressamos ao barco e continuamos com o nosso objetivo, a chegada à Índia.

31 De Dezembro de 1497
Era véspera de ano novo, estávamos em clima de festivo. O padre que nos acompanhava na embarcação, deu uma missa logo pela manha. Rezamos por aqueles que partiram e não aguentaram a viagem. Pedimos também que deus nos acompanhasse no restante viagem que se seguia. Vasco da Gama reuniu-nos os e pedi-nos que hoje tivéssemos um dia calmo, cumpríssemos as nossas funções e ao cair da noite regressássemos para uma celebração. E assim foi, no final do dia, tivemos marinheiros a cantar, bebida, e muita, muita alegria, foi sim, uma boa noite.

26 De Fevereiro de 1498
Paramos perto da baía de Santa Helena, deparamo-nos com tribos que comiam lobos-marinhos, baleias, carne de gazelas e raízes de ervas, eles andavam cobertos com peles e as suas armas eram simples lanças de madeira e cornos de animais, avistamos também tribos que tocavam