Uma obra ao acaso

Uma Obra ao Acaso

A mente humana não é preparada para tomar, como fator determinante, o acaso. O andar do bêbado diz respeito à aleatoriedade das situações sob a ótica da estatística, com uma série de exemplos o autor mostra que a influencia do acaso em nossas vidas é muito maior do que pensamos, e mais influente que isso é nossa capacidade de tomada decisões considerando fatores randômicos. Não somos capacitados para encontrar ordem onde ela não existe, por isso é tão difícil de reconhecer ou lidar com o acaso. Para diminuir a chance de escolhas erradas, ou ao menos, aumentar a chance de escolhas conscientes, o físico Leonard Mlodinow nos convida a entender de maneira mais profunda a maneira mais racional de lidar com o improvável. No campo da administração é comum lidarmos com investimentos de risco e previsões em geral, que mesmo sendo planejada meticulosamente, tem de ser flexível o suficiente para não quebrar diante do inesperado. No caso de investimentos o assunto passa a ser ainda mais intenso, pois, a maioria dos investimentos de alta rentabilidade vem acompanhados de um alto risco. O livro faz questão de enunciar diversos exemplos para se fazer claro, no que diz respeito ao conceito de acaso, e para ampliar o entendimento deste. Um dos exemplos citados, que mostram como as pessoas não estão aptas a entender a aleatoriedade, foi proveniente de uma crítica proveniente dos consumidores da empresa norte-americana Apple sobre um dos seus produtos, o Ipod Shuffle, que prometia um critério completamente randômico para escolher qual seria a próxima música tocada. No entanto, os consumidores passaram a achar que o código fonte do aparelho não era de fato aleatório, pois por muitas vezes a música seguinte era do mesmo artista que tocava a música anterior. Numa medida a isso o código do aparelho foi mudado para que evitasse a repetição, deixando ele, segundo as palavras do próprio Steve Jobs, “menos aleatório, para parece mais aleatório”.