Uma leitura Heideggeriana do Filme Melancholia

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Uma leitura Heideggeriana do filme Melancholia

O filme Melancholia divide-se em dois momentos. No primeiro momento se passa o casamento da personagem Justine. Já no segundo momento é retratado a convivência de Justine com sua irmã Claire, seu cunhado John e o filho do casal. Eles estão morando na mansão, de John, e o contexto é a possibilidade de colisão entre a Terra e um planeta chamado Melancholia. Em ambos os momentos do filme, cabe a análise heideggeriana do comportamento das personagens. Portanto para essa análise ser feita é importante explicitar conceitos da teoria existencialista de Heidegger e explica-los, utilizando de referências bibliográficas e das próprias personagens, que podem ilustrar de forma muito clara os diferentes aspectos da existência. Sampaio & Boemer(2000) explicam que a existência em Heidegger caracteriza-se por estar no mundo, relacionar-se com ele e ser nele. Ainda dentro da concepção dos autores, o existir pressupõe ao sujeito “estar entre possibilidades factuais que podem ocorrer independentemente do homem deseja-las ou não (...)” (Sampaio & Boemer, 2000). Cabe aqui a inserção do conceito dasein, o qual resume esse estado de existência do ser. O ser em sua essência existêncial relaciona-se com o mundo e devido à essas possibilidades de vivências assume diferentes modos de ser-no-mundo. E são nos modos de ser que o indivíduo encontra ou não o sentido de sua existência. De acordo com Araújo(2005) dentre os modos de ser-no-mundo no dasein, há a possibilidade de existir de forma autêntica ou inautêntica. A forma inautêntica de ser caracteriza o ser cotidiano, impessoal, que se ocupa de possibilidades dadas ou impostas e assim fazendo, encobre sua real essência e abstêm-se de viver suas próprias possibilidades. Essa intautenticidade é um estado comum de ser atualmente, muito devido à lógica social em que vivemos, onde se compra o que está na moda, se tem um emprego comum à varios outros entes e os sonhos de

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