UM MUNDO NA CABEÇA: ANÁLISE DA UTOPIA E DISTOPIA NOS CORDÉIS “HISTÓRIA DE PESCADOR”, “AS SEIS MOEDAS DE OURO” E “A LENDA DA ILHA AMARELA” E DE ANTÔNIO FRANCISCO.

UM MUNDO NA CABEÇA: ANÁLISE DA UTOPIA E DISTOPIA NOS CORDÉIS “HISTÓRIA DE PESCADOR”, “AS SEIS MOEDAS DE OURO” E “A LENDA DA ILHA AMARELA” E DE ANTÔNIO FRANCISCO.

Itamara Patrícia de Souza Almeida; Lílian de Oliveira Rodrigues Raiane Cristina de Souza

RESUMO: O presente trabalho consiste realizar uma análise temática dos cordéis “História de pescador”, “As seis moedas de ouro” e “A lenda da Ilha Amarela” do poeta potiguar Antônio Francisco, focalizando o tema da utopia/distopia literária, com o objetivo de verificar como o autor faz uso desse conceito para construir sua crítica ao modelo de sociedade vigente. Para construção dessa investigação, recorremos à pesquisa bibliográfica referente ao conceito em análise (COELHO, 1989); (LACROIX, 1996), e a leituras de obras que consagraram o gênero utópico/distópico na literatura (MORE, 2000); (ORWELL, 1980) e (HUXLEY, 2001) a fim de perceber como se configura esse gênero narrativo. Após essa fase, recorreremos à análise do corpus selecionado, tomando como ângulo analítico a identificação e discussão dos aspectos que configuram a utopia e a distopia como crítica social. Em nosso estudo, pudemos perceber que o cordelista Antônio Francisco utiliza-se dos elementos utópicos para construir sua crítica social, fazendo analogias, paralelos. Pudemos perceber ainda que há, embora de maneira indireta o elemento distópico em seus cordéis, uma vez que sua sociedade perfeita é construída para e não com os que habitaram esse lugar.

PALAVRAS-CHAVE: Antônio Francisco; Cordel; Literatura; Utopia/distopia.

INTRODUÇÃO

O presente artigo é fruto da nossa pesquisa PIBIC intitulada “Um mundo na cabeça: utopia e poesia social no cordel de Antônio Francisco” (fase 2) coordenado pela professora Drª: Lilian de Oliveira Rodrigues, tendo como principal objetivo investigar a utopia literária presente nas obras “Dez cordéis num cordel só” (2005) e “Por motivos de versos” (2005), de Antônio Francisco e perceber como se dá a crítica