Um lugar na cidade - resumo capitulo 4

Um lugar na cidade – quotidiano, memórias e representação no bairro da bica

Capitulo IV - resumo

No capítulo quatro, a autora dá grande saliência às raízes e às atividades profissionais dos bicaenses, aos casais e às redes genealógicas.
Houve, desde início, uma dificuldade ao acesso de informação fundamental que iria caracterizar a população escolhida. Com efeito foi feita uma recolha de dados pelos arquivos paroquiais onde se recolheu três tipos de assento: nascimento, casamento e óbito, porém esta recolha mostrou-se praticamente impossível devido à elevada densidade populacional, à mobilidade dos habitantes e à arbitrariedade das fronteiras administrativas.
Com registos de nascimentos entre 1886 e 1974, a elevada densidade populacional originou uma grande profusão de registos, cuja análise tornara-se impraticável, e assim foi necessário limitar o espaço em causa. Duas questões surgiram então da escolha de um tipo de registos que se mais adequassem à mobilidade da população urbana e as causas das sua fixação na cidade: * “De onde vieram os antepassados destes bicaenses que, afirmando ter ali as suas raízes para lá dos avós, criavam uma distinção entre os paraquedistas e os da Bica – e qual a antiguidade de tais raízes?” * “Qual a sua inserção no mercado de trabalho local, sabendo-se ser estar uma das principais vertentes da integração sociocultural em meios urbanos, a par da sua fixação residencial, com um papel central na socialização, facilitadoras da inserção em múltiplas redes locais?” Foram assim conseguidos dados suficientes para construir uma rede genealógica dentro desta comunidade protegida, através dos elementos encontrados no registo de batismo e nascimento de cada criança. Assim, esta recolha obteve duplo objectivo, tendo por um lado conseguir-se reunir informação estatisticamente relevante para a primeira caracterização do fundo populacional deste conjunto de ruas, por outro conseguiu-se alcançar a confirmação de uma ideia de