Um eterno amor

Um Eterno Amor

Cuiabá, 14 de março de 2005 Segunda-feira, o despertador apitava como a sirene de uma ambulância. Mamãe chamava ansiosa atrás da porta.
_ Acorde querido. Não vai querer perder a partida de futebol de hoje, não é?
_Não mamãe, claro que não _disse ainda sonolento. Meu nome é Lucas, tenho 18 anos, treino futebol desde quando me entendo por gente, e hoje é realmente uma partida muito importante. Levantei-me e fui direto para o banheiro, ciente de que viria um turbilhão de perguntas quando saísse de lá. Quando saí do banho, mamãe estava arrumando a mesa.
_Tem pão, bolo de cenoura, pães de queijo, toddy e café. O que vai querer querido?
_Toddy mãe.
_Porque chegou tão tarde ontem? –disse com ar de preocupação. Esqueceu-se dos compromissos, é?
_ Não quero falar sobre isso agora mãe.
_ Hum, já entendi, brigou com a namorada?
_Já disse que não quero falar sobre isso.
_Ah jovens... No meu tempo tínhamos que respeitar nossos pais, sabia? Ele sabia que iria começar a sessão “sermão interminável”, então, foi logo se desculpando:
_Ta, ta, ta, mãe. Desculpa ta bom agora? Tenho que ir, não quero ganhar uma bronca do treinador. _dizendo, beijei a testa da minha mãe e sai logo em seguida. Não tinha brigado com a namora. Na verdade, eu nem tinha uma namorada. Cheguei tarde em casa na noite anterior porque tinha estudado na casa de um dos amigos. Como mamãe não iria acreditar, era melhor eu nem falar nada. O céu estava azul, não tinha sequer uma nuvem. Sentindo o ar puro daquela manhã contra a minha pele, pensei: “Mais um dia, mais uma oportunidade.” Não sabia o quanto aquele pensamento estava certo. Chegando ao clube, fui tratando de me aquecer. Já tinha colocado o uniforme, e fui pegar uma água para me hidratar. Foi quando a vi. Estava indo falar com meu amigo (que também joga no meu time) e eu não consegui tirar os olhos daquela garota. Usava uma jardineira e uma blusa dos Beatles e tinha lindos olhos verdes. Ela era de