Técnicas Retrospectivas - A Alegoria do Patrimônio

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O conceito de Patrimônio Histórico vem mudando, se expandindo e cada vez mais perdendo o sentido original. É a partir desse ponto que Choay inicia uma discussão em torno daquilo que é ou deveria ser considerado Patrimônio Histórico e quais os fatores que impulsionaram essa extensão do termo, que consequentemente vem perdendo seu real significado.
Teoricamente, deveria ser considerado Patrimônio Histórico todo bem que possui valor histórico relevante imbuído, mas não é dessa maneira que acontece. Atualmente, muitos bens vêm sendo tombados sem ter valor significativo realmente relevante para que sejam considerados Patrimônio. A verdade é que o termo, de certa forma, se popularizou e virou alvo de novos interesses. Uns defendem a conservação dos bens, de modo que um passado existente esteja sempre vivo em nossas memórias, outros defendem uma limitação maior daquilo que deveria ser considerado Patrimônio. É justamente nesse ponto que está a questão. Não se deve conservar algo por conservar, sem haver um motivo. Deve-se conservar havendo porquês para isso, reafirmando o significado daquilo que está sendo conservado, reafirmando um passado que deve estar vivo na memória do povo em questão. Hoje, antes mesmo de serem construídos, já estão considerando algo como Patrimônio. Não há mais critérios em torno do que realmente é Patrimônio, o termo vem sendo banalizado e perdendo a noção do significado, hoje “tudo é patrimônio”.
Em torno do termo em questão, há muitas dúvidas a respeito do que realmente seria Patrimônio Histórico. De certa forma, o termo é abrangente e complexo, o qual passa pela História, Arquitetura, Urbanismo, Arte, Arqueologia, Antropologia e muitos outros. Podemos tomar como exemplo o Centro Histórico de Manaus, tombado como Patrimônio Histórico da cidade. O Centro de Manaus foi palco principal do Ciclo da Borracha, quando Manaus foi tornou-se uma das cidades mais ricas e modernas da época. Tal riqueza existe até hoje e pode ser vista nas