tubos de esofagostomia, gastrotomia e jejunostomia

Fisiopatologia dos Defeitos Cardíacos Congênitos
E. Christopher Orton
Defeitos (ou anomalias) cardíacos congênitos são distúrbios morfológicos do coração e de grandes vasos que estão presentes ao nascer. A predileção acentuada de certos defeitos cardíacos congênitos por certas raças sugere que existe uma base genética para a maioria dos defeitos. Eles causam uma variedade de alterações fisiopatológicas que, eventualmente, podem provocar insuficiência cardíaca progressiva, arritmias cardíacas, morte súbita cardíaca, hipoxemia debilitante ou uma combinação desses desfechos adversos.
Ducto arterioso patente
O ducto arterioso é uma conexão vascular entre a artéria pulmonar e a aorta descendente que desvia o fluxo sanguíneo pulmonar da circulação pulmonar no feto. Logo após o nascimento, a expansão do pulmão fetal diminui a resistência vascular pulmonar e reverte o fluxo através do ducto. O endotélio vascular do ducto detecta o sangue oxigenado e isso, por sua vez, inibe a liberação da prostaglandina vasodilatadora que mantém o ducto permeável. O músculo liso do ducto contrai-se e obstrui funcionalmente o ducto em algumas horas depois do nascimento.
O ducto arterioso patente (PDA) é a persistência da permeabilidade do ducto arterioso após o nascimento. O desenvolvimento incompleto da camada média da parede do ducto arterioso tem sido implicado na patogênese do PDA em cães.1 O PDA permite um shunt de alto fluxo da esquerda para a direita, que produz sobrecarga de volume no átrio e no ventrículo esquerdos e resulta em excesso de circulação nos pulmões. A sobrecarga volumétrica crônica causa dilatação progressiva do ventrículo esquerdo, com ou sem espessamento da parede. Há regurgitação mitral secundária e disfunção sistólica induzida pela sobrecarga e essas, eventualmente, contribuem para a progressão da insuficiência cardíaca enquanto o PDA persistir. A sobrecarga é tão intensa que a maioria dos animais sucumbe por insuficiência cardíaca congestiva esquerda ainda no