TROPA DE ELITE 2

O filme “Tropa de Elite 2” mostra o cotidiano do crime organizado e a realidade de uma polícia corrupta ligada a política. Estes dois órgãos públicos em momento algum cumprem com suas funções de defender e manter a segurança da sociedade, focando única e exclusivamente em seus interesses pessoais e passam por cima da vida de inocentes para alcançarem seus objetivos.

Os representantes dos Direitos Humanos, quase sempre criticados pela população, ditos como defensores de bandidos, são bem retratados no filme e é possível identificar que lutam contra a violência excessiva da polícia.

A utopia de se ter uma favela pacificada, sem tráfico, sem mortes, sem crimes é bem distante e apenas decisões como a redução de maioridade penal, liberação de vendas de drogas, aumento de efetivo policial, entre outras propostas apoiadas pela sociedade, não seriam suficientes para tal pacificação e harmonia nesta tão sonhada sociedade. Para tanto seria necessário acabar definitivamente com o tão citado “sistema”, que é protagonizado pelos grandes e poderosos. Portanto a limpeza tem que vir de cima e não começar pelos fracos, pelos menores que vivem nas favelas.

Acabar com o “sistema” significa acabar com a corrupção e acabar com a corrupção requer acabar com a vaidade das pessoas, com a busca de interesses próprios, e isso deveria começar nas urnas, por nós meros eleitores. Estamos vivendo hoje um momento inédito de busca de soluções contra os mais diversos tipos de corrupção, mas fica uma grande dúvida: os condenados “mensaleiros” servirão de exemplos para nossos políticos e ao menos inibirão um pouco desta corrupção? Essas condenações serão cumpridas rigorosamente, ou ainda caberão recursos, regalias, embargos e novamente acabará em pizza?
Muito me chamou a atenção uma frase dita no filme “A eleição é um negócio, e o voto é o produto mais valioso da favela”, portanto a política se alia aos chefes dos morros para conquistar a comunidade. Assim, como conclui o filme, fica