Tricotilomania

INTRODUÇÃO
A primeira vez em que a tricotilomania foi descrita ocorreu por volta de 1889 pelo dermatologista francês François Henri Hallopeau. A tricotilomania é classificada entre os transtornos de hábito e controle de impulsos, os pacientes relatam que sentem uma urgência ou necessidade incontrolável de arrancar os próprios cabelos ou pelos, podendo estes ser de qualquer parte do corpo (LIMA, et al, 2009).
Segundo o DSM IV a tricotilomania é classificada como “Transtornos do controle dos Impulsos não classificados em outro local”. É caracterizada por comportamento recorrente de arrancar pelos de qualquer parte do corpo, como região púbica, axila, e em locais mais comuns como o couro cabeludo, sobrancelhas e cílios. Os comportamentos presentes são examinar a raiz, arrancar ou comer caracterizando a tricofagia, que pode levar a náusea, anemia, dor abdominal e vômito. Os indivíduos podem também sentir vontade de arrancar pelos de outra pessoa, de animais de estimação, bonecos, e tapete. Enfim essses comportamentos podem ocorrer em breves períodos por dia ou períodos menos frequentes, porém prolongado durante horas.
Ainda segundo DSM IV o transtorno não é explicado por outro transtorno mental e não se deve a condições médicas gerais, por exemplo, condições dermatológicas, e causa sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social, ocupacional ou de outras áreas importantes na vida do individuo. Crianças com tricotilomania, do sexo feminino e masculino, nos primeiros anos de infância pode ser considerado benigno com um curso autolimitado. Geralmente inicia aos cinco, oito anos e ou treze anos. Em adultos é mais comum em mulheres. Para alguns os sintomas duram décadas, para outros pode ir e vir durante semanas ou anos seguidos.
Entretanto segundo o CID-10, da Organização Mundial da Saúde, a tricotilomania é denominada como Hábito e Transtornos do Impulso. Essa categoria é definida como apresentação de impulsos “que não podem ser controlados”. A