tratamento da amebiase e giardiase

ORIENTAÇÃO PARA O TRATAMENTO DA
AMEBÍASE E DA GIARDÍASE1
Muitos medicamentos podem debelar a amebíase a giardíase e é, portanto, conveniente elaborar condutas curativas simplificadas, a fim de tornar os mais singelos possíveis os trabalhos assistenciais cotidianos. Para preparar orientação viável e proveitosa torna-se necessário selecionar os remédios indicáveis levando em conta qualidades significativas, representadas sobretudo por eficiência, facilidade de administração, inocuidade, disponibilidade e baixo custo. Salientamos, porém, que essa última virtude quase nunca se afigura uma realidade.
AMEBÍASE
Amebíase Extra-intestinal — a) cloridrato de emetina (1 mg/kg/dia; via intramuscular; duração do tratamento: dez dias); utilizar realizando cuidadoso controle clínico e eletrocardiográfico, dos efeitos colaterais que essa substância pode promover e que, fundamentalmente, dizem respeito ao aparelho circulatório e ao sistema nervoso; b) metronidazol, ornidazol ou tinidazol (crianças: 50mg/kg/dia; adultos:
2g/dia; a quantidade correspondente a 24 horas deve ser usada em três ou quatro tomadas, ficando obedecidos intervalos iguais; via oral, mas existe preparação de metronidazol para aplicação endovenosa; duração do tratamento: de três a dez dias).
Pode tornar-se adequado prescrever antimicrobianos, para eliminar infecção bacteriana secundária, eventualmente presente em necrose amebiana; conhecer os agentes implicados, através de exame bacteriológico representa circunstância aconselhável, pois permitirá adoção de melhor conduta, mas vale a pena lembrar que são bactérias Gram-negativas os germes mais comumente envolvidos no processo.
Ainda quanto a essa modalidade de necrose frisamos quer em certas oportunidades, tratamento cirúrgico ou punções para retirada do conteúdo, inclusive praticadas mediante controle, por ultra-sonografia por exemplo, merecem cogitação, servindo para auxiliar no sentido de obtenção de cura.