MBA EM NEGÓCIOS INTERNACIONAIS
SAMANTHA POSENATO
TRANSPORTE RODOVIÁRIO
MERCOSUL
SÃO CAETANO DO SUL
2012
Conteúdo
BIBLIOGRAFIA 9
OUTRAS REFERENCIAS 9
1. Introdução
O transporte rodoviário é ummodo que tem predominado sobre os demais no nosso transporte interno ao longo das últimas décadas, devendo continuar assim ainda por mais algum tempo.
A opção pela modalidade rodoviária como principal meio de transporte de carga é um fenômeno que se observa a nível mundial desde a década de 50, tendo como base a expansão da indústria automobilística associada aos baixos preços dos combustíveisderivados do petróleo. No entanto, a concorrência que vem sofrendo dos modos ferroviários, fluvial e marítimo de cabotagem tem sido muito forte, situação à qual deve se adaptar o que não deverá ser uma tarefa das mais simples para esse modo, sempre acostumado a liderar o transporte interno.
Ao longo dos últimos dez anos, o transporte internacional sofreu uma mudança radical em sua operação. Essaalteração se deu por causa do MERCOSUL, principalmente porque a proposta do Tratado é a livre circulação de bens e serviços. As regras para gerir este segmento são genéricas e estão identificadas no Decreto n° 99.704/90, que dispõe sobre a execução no Brasil do Acordo sobre Transporte Internacional Terrestre, entre o Brasil, a Argentina, a Bolívia, o Chile, o Paraguai, o Peru e o Uruguai.
OBrasil possui aproximadamente 1.700.000 Km de estradas sendo a maioria sem pavimentação (a maioria delas são estradas municipais). É um transporte que permite maior agilidade e rapidez. Seu trajeto é flexível, permitindo entregar as mercadorias de porta em porta e é ideal para pequenas e médias distâncias. A expansão das rodovias pode ser verificada especialmente a partir da década de 1950, ainda maiscom a implantação da indústria automobilística. Durante as décadas de 60 e 70 a estratégia governamental de integração regional leva a abertura de grandes rodovias como a Rio-Bahia, a Régis Bittencourt e a Transamazônica.
2. Situação da malha rodoviária
As dificuldades de se conseguir recursos para a manutenção e expansão da malha rodoviária têm levado o Estado a uma política deprivatização pelo sistema de concessão após a realização de leilões. Podemos citar a privatização da administração da Ponte Rio-Niterói, do sistema Anchieta-Imigrantes em São Paulo e da Rodovia Dutra (RJ-SP).
A privatização das rodovias tem, inegavelmente, provocando melhorias substanciais na qualidade e segurança das estradas. Surgem críticas especialmente ligadas ao custo e número de pedágios instaladosnessas rodovias. Algumas delas encontravam-se em tal estado de abandono que até as praças de pedágio não funcionavam. Além de não permitir os exageros por parte das concessionárias e fiscalizar para que elas cumpram os contratos estabelecidos, o Estado ainda deve se preocupar em continuar aperfeiçoando a rede rodoviária nacional e continuar investindo em outros meios de transporte.
3.1.Custos
A situação da malha rodoviária brasileira contribui com alguma parcela para a perda de produção e aumento do custo operacional dos veículos. Segundo a Revista CNT, verifica-se que “as condições do transporte terrestre (rodoviário e ferroviário) provocam, de acordo com avaliação da Embrapa, a perda de até 6% da safra de grãos” e que, além disso, as rodovias em mau estado aumentam, emmédia, 46% o custo operacional dos veículos.
Por outro lado, a extrema concentração do transporte de cargas através do modal rodoviário concorre para o aumento do seu custo médio quando comparado com outros países de grandes dimensões.
3.2. Custos de Recuperação e Manutenção
Para o dimensionamento dos custos envolvidos somente em restauração e manutenção de rodovias, podemos utilizar...