Transição demográfica e envelhecimento da população brasileira
Na opinião de muitos estudiosos, o Brasil vive uma nova fase de transição demográfica. Para entender o que isso significa, precisamos, antes, tratar de alguns conceitos e ideias.
Nascer, crescer, reproduzir-se e morrer são fatos indissociáveis das espécies humanas, ainda que muitas pessoas não cumpram a terceira parte do ciclo da vida, a reprodução. Em cada pais, estado ou cidade esse ciclo ocorre com uma intensidade diferente, dependendo de alguns indicadores - as taxas de fecundidade, natalidade, migração e mortalidade – e da influência, sobre esses indicadores, da economia, das variações climáticas e das mudanças culturais.
A demografia – ciência que estuda as modificações que ocorrem nesses indicadores – definiu “transição demográfica” como as mudanças dessas taxas no transcorrer do tempo. Ou seja, as sociedades sofrem, continuamente e em diferentes ritmos, processos de transição demográfica.
Mas há outros conceitos importantes para se entender a transição demográfica:
Natalidade: relação entre o numero de nascidos vivos e o total da população em um dado lugar, num dado período de tempo. Calcula-se a taxa de natalidade dividindo-se o numero de nascidos vivos em um ano pelo numero de habitantes (dos pais, região ou cidade).
Mortalidade: numero de pessoas que morrem em determinada época ou em determinada região, pais, etc. A taxa de mortalidade é calculada dividindo-se o numero de pessoas mortas pelo numero de habitantes.
Fecundidade: é a capacidade de reprodução de determinada sociedade. A taxa de fecundidade é calculada dividindo-se o numero se filhos nascidos pelo numero de mulheres entre 15 e 49 anos, numa determinada população.
Para o demógrafo Warren Thompson, a transição demográfica ocorre em quatro fases:
Fase um (ou pré-moderna): ocorre oscilação rápida da população, dependendo de eventos naturais (secas prolongadas, doenças, etc.). Há grande população jovem.
Fase dois (ou