transitos coloniais
A questão da ocupação colonial mediante aos estudos escritos e orais, torna de certa forma complexa mediante as diferentes formas culturais apresentadas devido ao comércio do tráfico transatlântico em relação às sociedades africanas.
Percebe-se essa diferenciação ao observamos os ambaquistas que se portam de uma maneira bastante semelhante aos seus colonizadores, pois se utilizavam de vestimentas europeias e, sobretudo, dedicavam-se a trabalhos manuais, sabendo pelo menos o básico da leitura e da escrita, ao qual sempre os faziam trazer consigo tinta e papel para fazerem suas anotações, escrever requerimentos, isto fazia com que eles se considerassem os mais civilizados da província, considerando superiormente no contexto cultural em relação aos gentios,onde os ambaquistas se portavam superiores através do seu vestuário como calças casacos , sapatos, todos lembrando os trajes europeus.
Eles também se declaravam batizados e era como um insulto não os considera-los assim, tendo suas povoações interligadas pelo sistema de clientela e parentesco.
Toda a mistura religiosa e das crenças religiosas e políticas seja elas europeias e africanas tem uma vasta quantidade de fontes missionárias disponíveis, revelando-se relevante na estrutura identitária dos grupos dos africanos do tráfico transatlântico.
A constituição de algumas etnias como, por exemplo, os ambaquistas se adaptaram e incorporaram simbologias cristãs, outros como os Zombo que se apropriaram da bíblia dos protestantes reforçando sua identidade africana.
De fato esse encontro cultural entre africanos e colonizadores trouxe de certa forma uma interiorização cultural europeia regrada questões de interesses desses próprios povos, o colonialista português pode de maneira geral compreender os ambaquistas e de certa forma como seu comportamento tornou –as manipuláveis de acordo com suas ambições políticas econômicas.