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Analise Filme: “O homem do ano”
O filme tem como foco a história de Máiquel, um homem que se inicia na vida criminosa e transforma seu ambiente drasticamente, inicialmente de forma benéfica a ele. É incentivado pelo seu dentista a seguir carreira no crime após matar o bandido mais temido de Pasárgada (favela, assim chamada por Boaventura S. S.), Suel, aquele que o ridicularizou de fronte a seus amigos e namorada. Esse tipo de comportamento é típico de homicidas, que por motivos torpes e fúteis acabam cometendo tais crimes. Com isso, Máiquel começa a entrar numa vida sem volta, matando quem tivesse que matar sem nenhum arrependimento.
O que se pode notar é que há uma ausência de punição severa, encarceramento pelo crime, policiais ajudando e acobertando esse tipo de crime, entre outros a impulsividade, a falta de culpa, minimização do ato violento etc. Fatores esses que levam Máiquel a ter certo prestígio na comunidade, contato com mulheres e respeito de seus amigos.
Ao matar Suel, pessoa que trazia certa ameaça aos comerciantes e cidadão de pasárgada, ele é visto como uma pessoa que trouxe à paz a comunidade, recebendo com isso méritos, agradecimentos desde comerciantes até policiais, reconhecimento perante pessoas do bairro etc.
Máiquel então, passa a aumentar a onda de assassinatos, devido a pedidos dos próprios comerciantes, para “estabelecer a paz”. Chega até virar um empresário muito solicitado e com isso é prestigiado com um título na comunidade de “homem do ano”.
A população recorria a Máiquel e não a polícia para resolver conflitos, porque segundo eles à polícia nada fazia, não adiantava, tinham uma mentalidade de guerra com a mesma, portanto, a lei, a ordem pública vivia em conflito com a ordem privada (no caso quem comanda a comunidade).
Ali a polícia não tinha voz, quem tomava conta de tudo em relação a comunidade, era quem estava no comando dela, no caso, Máiquel.
Contudo, o que podemos notar é que a ordem pública não era o órgão que dominava