Trabalho

A LITERATURA NA CRIAÇÃO DO SUJEITO DE SI

A literatura tem sido um importante instrumento de desenvolvimento de instrução e educação. Isso porque ela educa o sentimento e organiza as formas presentes em seu interior, como confirma Antônio Cândido (2004), o texto literário atua também em grande parte do inconsciente e do subconsciente. Reside aí a importância da literatura na busca do equilíbrio humano, já que “assim como não é possível haver equilíbrio psíquico sem o sonho durante o sono, talvez não haja equilíbrio social sem a literatura”. (CANDIDO, 2004, p.176).
Somente através do conhecimento o ser humano pode se tornar livre e
“sujeito de si”. Uma das principais ferramentas de aquisição e aprimoramento do conhecimento é a literatura, tanto nas obras lúdicas e fantasiosas no qual vão exercitar a mente criativa humana (quanto mais criativo for o homem, melhor e mais rápido ele resolverá “os problemas”), como as obras de cunho real, que repassam o conhecimento.
A educação que inclui a leitura proporciona, assim, sensibilidade que possibilita o desenvolvimento contínuo de uma visão crítica. Nosso contato com o mundo da fantasia é garantido pelos nossos próprios mecanismos psicológicos através dos sonhos e da imaginação, atestando sua importância para o equilíbrio psicológico do ser humano.
Nesse sentido, Candido (2004) defende sua ideia da relação da literatura com direitos humanos, pois a leitura corresponde a:

Uma necessidade universal que deve ser satisfeita sob pena de mutilar a personalidade, porque pelo fato de dar forma aos sentimentos e a visão do mundo ela nos organiza, nos liberta do caos e, portanto nos humaniza. Negar a fruição da literatura é mutilar nossa humanidade (CANDIDO, 2004, p.186).

Portanto a literatura nos possibilita visões múltiplas do mundo, o que é importante para a formação crítica e participativa do ser humano na sociedade, porque
“quanto mais facetada se educar a receptividade, quanto mais móvel for, quanto mais superfície oferecer