TRABALHO SANDPLAY

O Sandplay é uma técnica terapêutica baseada nos princípios da Psicologia Analítica de Jung. Para se possa compreender melhor essas influencias se faz necessário uma breve contextualização sobre a psicologia Analítica e seu criador.
Carl G. Jung sempre esteve envolvido em questões de cunho religioso, espiritual e místico. Desde a infância acreditava possuir um “eu” que se apresentava em sociedade e um “eu” pessoal, mais próximo do divino. Dessa forma começou a interessar-se por temas ligados ao inconsciente e à psique como um todo complexo, mais tarde vindo a envolver-se com a Psicologia e a Psiquiatria, conforme apontou Ramos (2002). A Psicologia Analítica foi fundada e começou a ser desenvolvida no ano de 1913 com a publicação de sua obra “Metamorfoses e símbolos da libido”.
Inicialmente, Jung concordava com os escritos de Freud, mas desenvolvia-os a partir de sua própria lógica de estudos. No entanto, após o desenvolvimento de suas ideias principais, pôde constatar o quanto elas eram contrárias a princípios básicos da psicanálise freudiana. Segundo Ramos (2002), a relação entre os dois expoentes foi rompida fundamentalmente por que Freud e Jung discordavam em conceitos centrais de suas teorias, respectivamente, a postura positivista e o envolvimento entre psicologia (enquanto estudo da psique) e religião.
Jung tentou romper com a dicotomia entre religião e a ciência psicológica, portanto, a Psicologia Analítica possui em seu arcabouço construções conceituais que envolvem mitos, sonhos, alquimia e religiões desde o budismo ao pré-cristianismo. Para Ramos (2002), Jung desenvolve o conceito de inconsciente e atesta a existência de dois tipos: o inconsciente pessoal, que configura-se como o conjunto resultante e dinâmico das experiências de vida do sujeito, e o inconsciente coletivo, que representa o conjunto de “arquétipos, núcleos instintivos, passados de geração a geração (psíquica e biologicamente).” (RAMOS, 2002, p. 114)
Libido, para a psicologia analítica