trabalho raciocinio lógico
UNIDADE 4
INTRODUçãO à HISTóRIA DA LóGICA 2.2 A lógica Aristotélica
Como vimos na unidade anterior, Aristóteles criou instrumentos para se formular o raciocínio correto, que se encontra na sua obra intitulada Metafísica.
SAIBA QUE
Segundo Aristóteles, a razão humana opera de acordo com princípios que ela própria estabelece e que garantem que a realidade é racional. São eles:
Princípio da identidade, cujo enunciado pode parecer surpreendente: “A é A”. [...] O princípio de identidade é a condição do pensamento e sem ele não podemos pensar. Ele afirma que uma coisa, seja ela qual for [...] só pode ser conhecida e pensada se for percebida e conservada com sua identidade.
Princípio da não-contradição, cujo enunciado é: “A é A e é impossível que seja, ao mesmo tempo e na mesma relação, não-A”. Assim é impossível que a árvore que está diante de mim seja e não seja uma mangueira; [...]
Afirma, também, que as coisas e as idéias contraditórias são impensáveis e impossíveis. Princípio do terceiro-excluído, cujo enunciado é: “Ou A é x ou é Y e não há terceira possibilidade. Por exemplo: “Ou este homem é Sócrates ou não é
Sócrates”; [...] “ou está certo ou está errado” (CHAUÍ, 2001, p. 60).
Estes seriam, segundo Aristóteles, os princípios básicos a que obedecemos quando construímos qualquer tipo de proposição e, consequentemente, argumentação.
Tomemos como exemplo o princípio de não-contradição, que foi, dentre os três, o mais estudado durante toda a tradição filosófica. Se fosse possível afirmar que um animal
X é enquadrado na classe dos mamíferos e também que não pode ser enquadrado em tal classe, qualquer coisa poderia ser dito sobre este animal, mas nunca chegaríamos à verdade sobre o mesmo.
A sistematização aristotélica do que hoje chamamos de lógica, como disciplina, se realiza mais especificamente num grupo de textos chamados de Organnon (os analíticos, os tópicos, a retórica), onde o filósofo estuda
a