Trabalho escravo e forçado

O Trabalho Forçado
O trabalho forçado pode assumir várias formas. De forma concisa, é a coerção de uma pessoa para realizar certos tipos de trabalho e a imposição de uma penalidade caso esse trabalho não seja feito. O trabalho forçado pode estar relacionado com o tráfico de pessoas, que cresce rapidamente no mundo todo. Ele pode surgir de práticas abusivas de recrutamento que levam à escravidão por dívidas; pode envolver a imposição de obrigações militares a civis; pode estar ligado a práticas tradicionais; pode envolver a punição por opiniões políticas através do trabalho forçado e, em alguns casos, pode adquirir as características da escravidão e o tráfico de escravos de tempos passados.

Trabalho forçado é sistémico na Malásia
O recurso ao trabalho forçado é tão prevalecente na indústria da electrónica na Malásia que dificilmente haverá uma grande marca imune à prática ilegal, de acordo com um estudo da Verité, divulgado esta quarta-feira. Um em cada três empregados abordados pela organização sem fins lucrativos, focada em questões laborais, estavam a trabalhar em condições de trabalho forçado.
O estudo envolveu mais de 500 trabalhadores migrantes, a trabalharem em cerca de 200 empresas do sector do fabrico de TI da Malásia. Resulta de dois anos de investigações, financiadas pelo departamento do trabalho dos EUA.
O problema começa geralmente quando as pessoas, à procura de trabalho, respondem anúncio de emprego enganoso, explica Dan Viederman, CEO da Verité. A proposta parece ser suficientemente boa para pagarem a um corretor para se candidatarem, muitas vezes pedindo emprestado dinheiro a amigos e familiares.
Depois de chegarem ao local do trabalho , o passaporte é retido pelo seu empregador e são ameaçados de deportação, caso recusem fazer horas extraordinárias. Endividados, sem acesso ao seu passaporte e com pouco conhecimento do processo legal, aceitam o aumento da carga de trabalho.
“É uma forma de exploração que deveria estar há muito tempo