TRABALHO DE ANTROPOLOGIA

Com a chamada globalização o mundo se transforma, surgindo desde blocos econômicos ultrapassando fronteiras até discussões acerca de como se produz conhecimento, até onde ele pode ir, se perguntando como se constituem os saberes e como os campos destes saberes são fabricados. São inúmeras indagações que levam a Antropologia, por ser uma ciência que estuda o passado, a ser colocada como uma grande colaboradora na explicação dessas mudanças provocadas pela tão falada globalização. Mas como hoje em dia tudo gera debate, discussão, até mesmo a antropologia é alvo de indagações. A ciência antropológica acaba por si constituir numa esfera privilegiada e que muitas possibilidades oferecem para o aprofundamento desses debates, por sua reconhecida capacidade de privilegiar e abordar a cultura como dimensão fundadora da sociedade do humano e tomar como objeto de estudo o homem e a cultura.
A consciência de que a diferença esta presente no cotidiano da escola e da sala de aula aponta para a necessária reflexão sobre, pelo menos, duas questões importantes nas relações que se constroem em seu interior. Primeiro, que a diferença não esta presente apenas na vida fora da escola, ela também atravessa os muros quase sempre impermeáveis da instituição escolar. Segundo, que a forma como se compreende e si trata a “diferença” interfere nas relações educativas e, conseqüentemente nas relações de aprendizagem e de socialização, na escola ou fora dela.
De todo o modo, é inegável que diferenças e desigualdades fazem parte do cotidiano escolar e tais questões muito importam pelo significado que contem e que dizem respeito empiricamente a problemática das culturas presentes na escola, mesmo que, como tais, não sejam consideradas. E remetem, em termos epistemológicos, a questão fundamental da Antropologia, a relação com outro.
A verdade é que noções como essas, desde muito cedo estão presentes no senso comum e na educação escolar atravessando relações que se estabelece na instituição,