Trabalho assalariado e capital - Karl Marx

Trabalho assalariado e capital Karl Marx inicia o texto tratando de salário. Diferente do escravo, que é mercadoria de alguém, o trabalhador livre não pertence a proprietário algum; mas durante uma parte do dia ele oferece sua força de trabalho a quem quiser comprá-la. O salário é o valor pago ao trabalhador por certo tempo de trabalho ou serviço prestado. Ele vende sua força de trabalho ao capitalista em troca de uma quantia determinada de dinheiro, esta, determinada pela qualificação do indivíduo ou pela concorrência entre ele e seus colegas. Tal quantia, conquistada com a força de trabalho oferecida, será posteriormente trocada por mercadorias básicas para a subsistência do trabalhador e da sua família. Ainda segundo Marx, o salário não é retirado do trabalho produzido, mas do capital anteriormente acumulado pelo capitalista. O valor pago será determinado pelas mesmas leis que determinam o preço de outras mercadorias. Posto isso, o operário não tem participação nos lucros das peças que produz; sua força de trabalho é uma mercadoria que já foi comprada pelo burguês. A subsistência do trabalhador depende do capital oferecido pelo patrão. Para este, a força de trabalho do operário é essencial para a garantia do seu lucro. Portanto, há uma convergência de interesses entre ambos. Essa relação social de produção entre a burguesia industrial e o operariado é fruto de um processo histórico. Cada sociedade tem sua maneira de ver o trabalho. No caso da burguesa, a acumulação de riquezas deve-se à exploração intensiva dos trabalhadores livres, expulsos do campo e atirados nas cidades para servirem de mão-de-obra barata nas fábricas. O texto trata também da concorrência entre compradores e vendedores, determinante no preço final da mercadoria produzida. Segundo Marx, o preço de uma mercadoria é determinado por três aspectos: a concorrência entre vendedores que querem vender um mais que o outro e, para isso, diminuem os