Tomates verdes fritos

Fernand Braudel foi o protagonista da 2ª geração da Escola dos Annales. Foi autor do estudo Felipe II e o Mediterrâneo, que se divide em três partes: História quase sem tempo (homem e ambiente), História das estruturas civilizacionais dos territórios banhados pelo mediterrâneo (tempo lento) e história dos acontecimentos (tempo curto). Em tal obra enfatizou a mudança das estruturas, desejando alcançar o entendimento dos fatos em sua totalidade. Produziu um trabalho voltado para a longa duração, característica marcante da 2ª geração dos Annales.
A linha de pesquisa de Braudel baseava-se em tempos heterogêneos (temporalidades diferentes), sendo ela a longa duração, tempo conjuntural e o factual. O factual estava sujeito à longa duração, buscando alcançar pesquisas aprofundadas. Teve considerável influência da Antropologia, com a criação da entidade interdisciplinar Maison des Sciences de I’Homme, onde passou a ter contato com intelectuais, como Pierre Bourdieu e Claude Lévi Strauss. Tal contato com a Antropologia pôde promover por parte de Braudel um trabalho voltado para o estruturalismo.
Afirmando a crise das Ciências do Homem, que segundo o mesmo, são mera acumulação de novos conhecimentos e estão esmagadas sob seus próprios progressos, pregava a completa união de tais ciências, mas destacando a utilidade da história em relação às outras. Para Braudel, a história estaria no centro de todas as ciências sociais e por isso, era mais importante, sendo capaz de tratar do passado e da atualidade sendo esta, para Braudel, a fórmula da história indispensável a todas às ciências sociais, pois englobava as múltiplas temporalidades.

As durações:

Para Braudel, o tempo curto representava o tempo dos eventos. Fala do evento como algo explosivo, que enche a consciência das pessoas, mas não dura, em contraposição aos filósofos, que, baseados em uma série de significações, atribuem ao evento um tempo muito maior do que sua verdadeira duração. Falam do evento sendo apenas