Tico Todo Aquele Que Busca Duas Coisas
Todo profissional de saúde, a princípio, tem a ética como parte integrante de sua conduta e deve levar consigo esse item, independente das adversidades que aparecem em sua carreira profissional. O médico, enfermeiro ou fisioterapeuta que está incluído no SUS se depara com um grande entrave: como ser completamente ético em um ambiente pouco propício a pratica da ética?
Bioética
Cada vez torna-se mais difícil a convivência, a tolerância e o equilíbrio emocional no trabalho e nas relações com os pacientes de hospitais e ambulatórios públicos. O Ministério da Saúde ao criar o SUS determinou uma série de preceitos inerentes à conduta da equipe médica de atendimento público, dentre elas: "Atender a todos, de acordo" com as suas necessidades, independentemente de pagamento; Atuar de maneira integral, com as ações de saúde voltadas para o indivíduo e para a comunidade, com ações de promoção, prevenção e tratamento; Ser eficiente e eficaz, produzindo resultados com qualidade; Ser equânime: eqüidade é diferente de igualdade. Todas as pessoas têm direito ao atendimento de suas necessidades, mas as pessoas são diferentes, vivem em condições desiguais e com necessidades diversas. O princípio da eqüidade é que o sistema deve estar atento às desigualdades." (Ministério da Saúde. Assistência Hospitalar no SUS, 1995 a 1999. Brasília, outubro de 2000.)
Porém, o que se vê é uma profunda desigualdade social gerada pela escassez de recursos. Hospitais sem verbas, médicos sem salários e pacientes sem leitos. A falta de interesse político em manter a qualidade do SUS torna o profissional cada vez mais desanimado e desacreditado no trabalho. O atendimento à saúde reflete as condições econômicas, sociais e políticas do país, reproduzindo desigualdades, individualismos e