Thomas Hobbes

549 palavras 3 páginas
Leviatã (edição de 1651) Thomas Hobbes

Sobre o estado de natureza
“Homo homini lúpus”
Capítulo XIII
“A natureza fez os homens tão iguais, quanto às capacidades do corpo e do espírito, que, por vezes se encontre um homem manifestamente mais forte de corpo, ou de espírito mais vivo que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isso em conjunto, não há diferença considerável para que qualquer um possa, com base nela reclamar qualquer benefício (...) Porque quanto a força corporal, o mais fraco tem força suficiente para matar o mais forte, quer por secreta maquinação, quer aliando-se a outros que se encontrem ameaçados pelo mesmo perigo”.

“Da igualdade quanto à capacidade deriva a igualdade quanto a esperança de atingirmos nossos fins. Portanto se dois homens desejam a mesma coisa que ao mesmo tempo não pode ser gozada por ambos, eles se tornam inimigos.”

“...na natureza do homem encontramos três causas principais de discórdia. Primeiro a competição, segundo a desconfiança e terceiro a glória.”

“Com isso se torna manifesto que, durante o tempo em que os homens vivem sem um poder comum capaz de os manter a todos em respeito, eles se encontram naquela condição a que se chama guerra”.

Capítulo XIV
“O direito de natureza ao qual os autores chamam de jus naturale, é a liberdade que cada homem possui de usar o seu próprio poder, da maneira que quiser, para a preservação de sua própria natureza, ou seja, a sua vida.”
“Desta lei fundamental de natureza, mediante a qual se ordena a todos os homens que, procurem a paz, deriva essa segunda lei: Que um homem concorde, quando outros também o façam, e na medida em que tal considere necessário para a paz e para a defesa de si mesmo, em renunciar a seu direito a todas as coisas, contentando-se, em relação aos outros homens, com a mesma liberdade que aos outros homens permite em relação a si mesmo”. Capítulo XVII

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