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Aborto
O aborto sempre foi uma questão difícil e polêmica. Envolve áreas como a religião, ética, moral, saúde pública, justiça e a intimidade da mulher. No Brasil, ainda é considerado crime, mas, há grande discussão para sua legalização, assim como acontece em outros países.
Uma pesquisa recente feita por uma ONG, com sede nos Estados Unidos, mostrou que o Brasil faz parte de um bloco mais radical. Continua refém do moralismo e equipara-se com regimes autoritários como no Afeganistão. EUA, Alemanha, França, e Canadá já possuem leis mais flexíveis e, segundo os pesquisadores, a posição social da mulher nesses países é bem melhor. A Influência da religião, também é apontada como o principal motivo para este atraso.
No outro lado aparece está a igreja, regida por um livro sábio e milenar, favorável ao endurecimento da lei e contra o aborto. Um dos principais nomes do país, Pastor Silas Malafaia, busca na ciência ( até então grande rival da religião), o conceito de embrião como ser independente. Assim, o ser indefeso deveria ter proteção do Estado como qualquer outro cidadão. O feto apenas estaria ligado à mãe por questões de nutrientes para seu desenvolvimento. Na gestação o sujeito passivo é a mãe.
No meio desse confronto está o estado, com os poderes regulatórios, mas, incapaz de tomar uma posição sobre o assunto. O que se sabe é que independente de quaisquer questões jurídicas e religiosas, mas de um milhão de abortos são feitos a cada ano no Brasil. Suas complicações são a terceira causa de morte em mulheres na idade fértil. É uma questão de saúde pública, mas nada se faz neste país.
Neste ponto, a igreja toma à dianteira. Várias ONGS ligadas às atividades religiosas buscam tratamento psicológico e acompanhamento de mulheres que têm todo tipo de gravidez indesejada. O apoio tenta orientar a mulher de que o aborto é um risco maior do que dar à luz. O Estado deveria possibilitar que essas mulheres pudessem entregar seus filhos para adoção se após todo o