Texto o empresario alpinista

O empresário
Fonte: Revista Vencer nº 47 agosto/2003
Por Clovis Tavares m 2003, comemoramos os 50 anos da conquista do Monte EVEREST, um gigante com 8.850 metros de altura. O alpinista conquistador foi o neozelandês sir Edmund
Hillary, ao lado de seu guia Tenzing Norgay.
A inesquecível aventura concretizou-se no dia 29 de maio de 1953 quando a dupla chegou ao cume da montanha. A emoção foi tanta que Hillary tirou a foto de seu guia e esqueceu de tirar a sua própria fofo, causando uma grande polêmica: "Será que ele realmente chegou 1á!" Deduziu-se que sim, porque a foto não poderia ser tirada sozinha naquela época e naquela situação, pois os ventos e o terreno irregular impossibilitariam. O feito foi mais do que um sonho realizado por um criador de abelhas e seu guia camponês. Foi uma prova de persistência e ambição. A palavra AMBIÇAO vem do latim, em que a raiz é
"ambi", que significa "os dois". Ou seja, a pessoa ambiciosa quer apenas duas coisas na vida: tudo o que tem e tudo o que não tem.
A Ambição e a Persistência são as ferramentas mais caras do alpinista. Sem elas ele não sobe a montanha e não planta sua bandeira. Vivemos em um mercado montanhoso, onde está cada vez mais difícil atingir o topo. As irregularidades do terreno, as fendas traiçoeiras, o clima imprevisível e as pedras soltas no caminho são obstáculos que assustam os mais experientes alpinistas empresariais. Para se ter uma idéia do risco de vida na prática do alpinismo real, a estatística é de uma morte para cada 590 praticantes. No alpinismo empresarial a fatalidade com certeza é muito maior. Muitas empresas novas morrem no primeiro ano, porque seus empresários são alpinistas inexperientes, ficam fascinados pelos encantos da montanha
(mercado), são movidos pela ambição da grana, da fama e querem chegar ao topo em curto prazo. A persistência é tanta que ficam cegos, olhando para cima, e esquecem de olhar para dentro. Não percebem os sintomas da morte