Texto de apoio Redação

A Comunicação e as Relações Humanas: Uma prática colaborativa pode criar novas formas de se relacionar
Por Leana Naiman Bergel e Ute Weitbrecht
Todos os dias nos comunicamos, mas será que realmente nos entendemos?
Especialistas dizem que apenas 25% da comunicação entre as pessoas é bem sucedida e eficaz. Os mal-entendidos são mais freqüentes do que imaginamos, mesmo entre aqueles que falam o mesmo idioma.
Mas, afinal, por que isso acontece?
As pessoas pertencem a diferentes culturas, nacionalidades, vivem em contextos socioeconômicos diversos, tem sua própria história de vida, suas vivências e, a partir disso, constroem suas redes de crenças e valores.
Este cenário de diversidades produz, mesmo entre pessoas que partilham o mesmo idioma, pontos de vista diferentes a respeito de certos conteúdos, transformando o conceito de compreensão em algo questionável.
Entendemos, então, que saber se comunicar eficientemente é fundamental para convivermos e colaborarmos uns com os outros.
A nossa qualidade de vida melhora ou piora, a nossa eficiência aumenta ou diminui a partir da nossa forma de nos colocar no mundo verbalmente ou não verbalmente.
Se não aprimoramos as nossas habilidades de comunicação, mal entendidos e conflitos não resolvidos começam a ocupar uma boa parte de nossas vidas.
A conversa é um fenômeno tão misterioso como o próprio homem. Nenhuma máquina, nenhum computador pode substituí-la. O próprio homem deve resgatar a arte de conversar.
Neste processo de resgate, precisamos reaprender a expor nossos pensamentos, vivências, sentimentos, vontades, crenças e troca de idéias, de tal forma, que as nossas intenções e nossa expressão genuína sejam entendidas com clareza. É desejável recuperar a riqueza de uma conversa em sua abrangência e profundidade.
Se ampliarmos o conceito de comunicação para uma esfera comunitária, estaremos fortalecendo a legitimidade do pensar, do sentir e do querer de cada um, fortalecendo os vínculos do coletivo para gerar