texto antropologia

1.2- Dualismo Cartesiano O dualismo platônico e o neoplatonico não foi o único a influenciar na vida e na reflexão religiosa. Quando se inicia os tempos modernos, Descartes cria uma visão de ser humano rigorosamente dualista, sendo corpo matéria espacial, que não passa de uma máquina que pode funcionar independente da alma; enquanto que a alma ou espírito é uma substancia pensante, ambos podendo um subsistir sem o outro. A consequência dessa antropologia se resume basicamente no individualismo moderno com suas sequelas de dominação e opressão dos outros (pessoa concreta,classe,raça,sexo,povos...). O sujeito também se encontra em um Divórcio Nefasto entre ciências da natureza e ciência do espírito, ou seja, entre razão e fé.

1.3 Dualismo Moderado na vida e na teologia eclesias. A igreja nunca aceitou um tipo de dualismo que desconsiderasse a matéria e o corpo e “elevasse” a alma. A fé com os princípios da religião evitou sempre uma contaminação por total, por parte do dualismo. Pode-se afirmar que a fé cristã soube evitar as consequências negativas da visão dualista do homem, porem não soube impedir sua infiltração na vida em geral, embora na forma de Dualismo Moderado. Este Dualismo moderado pode ser simplesmente representado nesse esquema:

ALMA ORAÇÃO TEORIA FÉ CRISTÃ IGREJA VIDA NO CÉU

corpo ação práxis opções mundo vida terrestre sociopolíticas

VIDA RELIGIOSA correlativamente DEUS Jesus Cristo DIVINO etc Predomina a relação de vida profana homem humano oposição-exclusão

Os dois polos estão separados por uma linha que simboliza a tendência para a oposição exclusão. Os termos acima desta linha são muito valorizados, isto esta claramente representado pelas letras MAIUSCULAS os que estão abaixo das linhas são desvalorizados a medida que o de cima valoriza.