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A implantação da Escola Municipal em São Caetano do Sul, feita pelos arquitetos Ana Carolina Penna e Fábio Galvão, evidencia a diretriz de ordenar com simplicidade a paisagem e a dinâmica do entorno. Por sua posição central e grandes dimensões, a edificação divide o terreno ao meio. De um lado, tem-se a vista da cidade, desimpedida por íngreme talude; na porção frontal, três pátios abertos desempenham o papel de eixo externo de circulação.
A partir da implantação, a setorização se desenvolve, portanto, de acordo com duas paisagens referenciais: a distante, no fundo, e a do entorno imediato, na frente. A primeira é restrita às salas de aulas e à administração, que para ela abrem janelas, enquanto o grande pátio central, voltado para a rua, funciona tanto como área de recreação quanto como espaço compartilhável com atividades não acadêmicas.
O pátio foi implantado na cota intermediária entre o hall de entrada e o ginásio, o que lhe permite fazer a transição entre o térreo e o pavimento semi-enterrado. Na direção longitudinal do lote, então, o andar rebaixado revela uma linha contínua de janelas junto ao piso do pátio, A disposição dessas aberturas suaviza a volumetria ortogonal da escola.
O bloco das salas de aulas tem planta em forma aproximada de L, com a escada principal localizada junto à articulação dos braços ortogonais. Esse volume possui quatro pavimentos e tem corredores periféricos de circulação voltados para o pátio aberto, de orientação norte. Para evitar a insolação excessiva dos interiores, os autores projetaram um sistema especial de brises metálicos. “Não poderíamos simplesmente especificar os elementos disponíveis no mercado, porque eles apresentam alto custo de implantação”, explica Ana Carolina.
O fechamento externo dos corredores das salas de aulas é feito por brises metálicos, alternadamente perfurados e sólidos A fachada norte esclarece o partido da implantação linear. O pavimento semi-enterrado tem janelas altas, junto do piso do pátio central