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Resenha: Homo Sapiens 1900 – Peter Cohen

Homo Sapiens 1900 – Peter Cohen
O filme ‘’Homo Sapiens 1900’’ é ao mesmo tempo chocante e esclarecedor. Seu diretor, Peter Cohen, conseguiu de uma maneira esplêndida abordar a polêmica questão da eugenia do século XX, conhecido como o Século da Biologia. Como abertura do filme, a frase a seguir resume perfeitamente a ideia explorada ao longo do filme: ‘’A imagem do homem revela o que o distingue dos outros seres’’.
Em seguida, o filme cita exemplos como o de Frankestein, que demonstram o desejo do homem em mudar a natureza humana. O conceito da eugenia começa com Galton e com o interesse do controle da seleção natural. A eugenia teria seu lado positivo e negativo. O primeiro traria um desenvolvimento e um estudo saudável de como utilizar a eugenia. Já o segundo, entretanto, seria utilizado erroneamente a fim de almejar uma ‘’raça perfeita’’.
É demonstrado também, a grande disputa entre os seguidores da teoria Mendelista e Lamarckista. Aquele, diferentemente deste, defende a ideia comprovada atualmente de que o meio não gera mudanças nos seres humanos e que estas mudanças não são transmitidas hereditariamente.
O filme evidencia o porquê do século XX ser caracterizado como o Século da Biologia, devendo isso por causa das diversas descobertas científicas; ‘’tudo é biologia’’. Alem disso, começa também em diversos países, a busca pelo nudismo, onde era pregada a ideia da seleção dos melhores indivíduos através da aparência.
É extremamente aterrorizante o filme do Dr. Haiselden, de 1960, em que o personagem que se passava por um médico acabava por matar todas as crianças que nasciam com algum tipo de defeito físico. Percebe-se fortemente como a eugenia era fortemente divulgada nas sociedades como um conceito natural. Ademais, poucos anos antes, em 1922 na Suécia, foi inaugurado o primeiro Instituto Racial, chefiado pelo cientista Herman Lundborg, um dos propulsores para a divulgação da teoria eugenista negativa no