Teste palográfico

1. HISTÓRICO E DESCRIÇÃO

De acordo com Alves e Esteves (2004), o Teste Palográfico foi idealizado e elaborado originalmente pelo psicólogo Salvador Escala Milá, do Instituto Psicotécnico de Barcelona, na Espanha. Contudo, o principal responsável pela divulgação do teste nesse país foi Augusto Vels (1993; 1982). No Brasil, os estudos a respeito da validação desta técnica foram realizados por Agostinho Minicucci. Seu uso foi mais largamente difundido a partir dos anos 70, tendo sua primeira edição publicada em 1976. O Teste Palográfico é classificado como uma técnica projetiva de movimento expressivo e pode ser entendido como a avaliação da personalidade com base na expressão gráfica (Alves e Esteves, 2004). Apresenta semelhanças como o P.M.K, do professor Mira Y Lopes Graphe, O Tapping Test, o Teste Grafoescritural de Honroth Zarza e outros. De acordo com Vels (2003, apud Alves; Esteves, 2004, p. 21), parte-se do pressuposto que a folha de papel, por meio dos traçados, pode representar o mundo no qual o indivíduo se coloca afetivamente e a maneira pela qual ele se relaciona com o meio externo. Ao escrever, o indivíduo projeta sobre o papel formas simbólicas, que expressam a sua vida interior, transformando as formas tradicionais ou caligráficas de acordo com as ideias conscientes e as imagens inconscientes que determinam a sua personalidade. Assim, para a Grafologia, o indivíduo utiliza o movimento escritural como um meio de simbolizar o seu comportamento nesse mundo, ou seja, todos os movimentos, todos os gestos humanos estão carregados de significado e concorrem à expressão da personalidade como um todo. O Palográfico é considerado um teste simples, e pode ser aplicado em crianças a partir dos 8 anos, adolescentes e adultos (Vels, 1982, apud Alves; Esteves, 2004). O teste se resume à realização de traços verticais (7mm de altura, distantes 2,5mm entre si) em dois tempos: um de treino, correspondente a 2 minutos e 30 segundos,