ter que ir e te deixar
Anos depois, em 1936, Carr escreve o livro "Vinte Anos de Crise". No decorrer da II Guerra Mundial, retorna a vida acadêmica alguns anos após o término da mesma. O autor passa então, além de dar aulas a escrever sobre o seu interesse de momento, a expansionista União Soviética.
Carr mostra grande competência ao analisar o pós I Guerra Mundial e visualiza a incapacidade de idealismo proposto, ainda mais, propondo a visão realista dos ocorridos, sendo esta obra um marco desta corrente teórica nas Relações Internacionais.
Carr apresenta os fundamentos da corrente realista, mostrando a diferença entre utopia e realismo segundo a abordagem política e o processo de aversão e reação do realismo, que aparece depois em relação a utopia. Com pensadores como o de Maquiavel (apontado como ponto de partida essencial contra a utopia do pensamento político). Carr apresenta e deixa explicita a noção de filosofia realista e trás a ideia do realismo moderno, assim como na utopia o conceito de progresso. O autor exibe ainda, o “mais formidável ataque que a utopia tem de enfrentar” quando ao citar Bertrand Russel, defende que os realistas demonstraram que as teorias intelectuais e os padrões éticos dos utopistas não são a expressão de princípios absolutos e sim de condicionados a história. Portanto, se mostram sobre a consequência de interesses e circunstâncias.
Revela a importante realização do realismo moderno de expor não apenas os aspectos determinísticos do processo histórico, mas o caráter relativo e pragmático do próprio pensamento. Em seguida, Carr demonstra a fragilidade das bases reais do pensamento utópico ao criticar a doutrina da harmonia de interesses e o conceito de internacionalismo.
Em