Teoria

Clássicos: atemporais e inesquecíveis

"Os Clássicos são livros que exercem uma influência particular quando se impõe como inesquecíveis e também quando se ocultam nas dobras da memória mimetizando-se como inconsciente coletivo ou individual"
Ítalo Clavino

Há assuntos recorrentes em meio às conversas e discursos, sejam políticos, sociais ou econômicos, que buscam embasamento filosófico ou literário em antigos textos. Estes compêndios de ideias, muitas vezes escritos a milhares de anos, como o caso da Bíblia Sagrada (1445 e 450 a.C. (livros do Antigo Testamento) e 45 e 90 d.C. (livros do Novo Testamento), trazem em seu bojo princípios e fundamentos que ainda hoje norteiam o convívio e o relacionamento social, não só seu lado pacato e ordeiro mas também o viés mais bárbaro do homem, como sua vontade de guerrear. Estes textos, geralmente reunidos em livros, mas também disponíveis em mantras, músicas ou pequenos diálogos, ensinam ou, surpreendentemente, lembram momentos e fatos passados (de longas datas ou não tão longínquas) capazes de auxiliar as sociedades na busca frenética da correção e, porque não, extermínio das mazelas modernas. Note que há, ainda, peso nas escritas arcaicas, mesmo em alguns hieróglifos já houve relatos da preocupação do homem com os animais que lhe serviam de alimento, por exemplo. Estes clássicos, exemplos de pensamentos que transcendem os tempos, aparentemente são esquecidos, mas, como dito, aparentemente. Nas mais distintas cadeiras acadêmicas, por exemplo, há significantes e ilustres escritores, estudados como pontos basilares destas disciplinas. Pitágoras ( 571 a.C.a 496 a.C) e seu teorema, Newton e sua teoria gravitacional, mundialmente utilizada até mesmo no desenvolvimento dos mais modernos foguetes e estações espaciais. Ocorre que estes célebres nem sempre são “Sellers”, quem dirá “Best Sellers”, figurando entre os exemplares, muitas vezes, menos vendidos nas livrarias. Seria por seu conteúdo? A culpa é deles ou da