Teoria do miasmo

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Teoria Miasmática X Teoria do Contágio Durante muito tempo acreditou-se que as doenças eram causadas por odores venenosos, gases ou resíduos nocivos (do grego miasma, mancha) que se originavam na atmosfera ou a partir do solo. Essas substâncias seriam posteriormente arrastadas pelo vento até a um possível indivíduo, que acabaria por adoecer. A esse pensamento deu-se o nome de Teoria Miasmática. O termo "malária", por exemplo, tem origem em mala aria (maus ares), acreditando-se que esta doença era causada pela presença de "mau ar", já que na época acreditava-se que as zonas pantanosas produziam gases e que as populações que habitavam esses locais facilmente adoeciam com malária. Não existia nenhuma preocupação com insetos, ratos ou outros animais, pois ninguém imaginava que eles pudessem transmitir enfermidades. Desde o fim do império romano que as preocupações com limpeza haviam diminuído muito na Europa. Praticamente não existia água encanada, nem esgoto. até mesmo os médicos não tinham muito apreço pelas medidas sanitárias. A limpeza corporal e das roupas eram precárias e usava-se o perfume como substituto dos banhos e não como complemento. Durante o século XVIII, mantinha-se a ideia de que os perfumes podiam combater os efeitos nocivos dos miasmas; mas aos poucos vai-se preferindo eliminar os próprios fedores, ao invés de escondê-los. Passa-se a dar grande importância à ventilação das residências, para que seu ar seja renovado e purificado. Observou-se que vários tipos de substâncias químicas eram capazes de evitar a putrefação e podiam ser utilizados contra a produção de miasmas. No século XIX,, o doutor John Snow, anestesista, resolveu estudar a transmissão da cólera e verificou que havia uma associação dos casos com o consumo de água e concluiu que a doença era veiculada pela água e causada por algo que era capaz de passar do doente para o são e multiplicar-se. Essa afirmação gerou uma grande polêmica entre o contágio (infecção) e

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