Teoria do desenvolvimento capitalista

TEORIA DO DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA – PAUL M. SWEEZY

O Problema do Valor Qualitativo

1. Introdução

Mercadoria é tudo aquilo que se produz para troca, e não para uso do produtor. Produção de Mercadoria Simples: cada produtor é dono de seus próprios meio de produção.

Adam Smith: a troca está ligada a divisão do trabalho. Smith é incapaz de conceber a divisão do trabalho independentemente da troca. A troca e a divisão do trabalho estão, dessa forma, indissoluvelmente ligadas e constituem os pilares que sustentam a sociedade civilizada. Desse ponto de vista, a Economia tem caráter exclusivamente quantitativo: PREÇO.

Marx: Não nega a existência de uma relação entre produção de mercadorias e a divisão de trabalho, porém “a divisão do trabalho é uma condição necessária para a produção de mercadorias, mas não se segue daí reciprocamente que a produção de mercadorias seja uma condição necessária para a divisão de trabalho (exemplo: comunidades nativas primitivas – há uma divisão do trabalho sem produção de mercadorias).” Dessa forma, Marx acredita que a Economia tem caráter qualitativo também. E são eles:

• Valor de Uso

A expressão valor de uso denota certa relação entre o consumidor e o objeto consumido. -> Utilidade do produto. É essencial para a produção, de forma que se torna pré-requisito do consumo.

• Valor de Troca

Característica ímpar das mercadorias. É somente como mercadorias que os produtos têm valor de troca. A relação quantitativa entre as coisas, a que damos o nome de valor de troca, é na realidade apenas uma forma externa de relação social entre os donos da mercadoria. Valor de troca é, portanto o fato de que as mercadorias em questão são produtos de trabalho humano numa sociedade baseada na divisão do trabalho, e na qual os produtores agem particularmente e independentemente. Como valor, a mercadoria é característica de uma forma histórica específica da sociedade, que