Teoria da Sexualidade segundo Freud
As teorias científicas surgem influenciadas pelas condições da vida social, política, econômica e nos seus múltiplos aspectos durante um determinado período da vida do autor. A teoria de Freud sobre a sexualidade sofreu muitas modificações durante sua carreira. Todavia, para se entender a proposta de Sigmund, é necessário compreender a diferença entre sexo e sexualidade; basicamente sexo refere-se às necessidades biológicas, remetendo-se a ideia de gênero masculino e feminino. Sexualidade, segundo o Ministério da Saúde (1975) forma parte integral da personalidade de cada um. Na teoria psicanalítica, a sexualidade não designa apenas atividades e o prazer do aparelho genital, mas toda uma série de excitações e atividades presentes desde a primeira infância. Uma vez acertado que o sexual não é redutível ao genital, o problema criado surge exatamente sobre a sexualidade infantil, já que as perversões dos adultos sempre mostravam a excitação genital, geralmente presente.
Freud considera que a sexualidade é construída durante as primeiras experiências afetivas do bebê. Essas experiências são compostas por meio da energia afetiva, que conduzirá o organismo a perseguir seus objetivos; a essa energia, Freud denominou de libido.
Para Freud (1905) são nas fases psicossexuais que ocorrem o desenvolvimento da personalidade de um modo específico e é caracterizado pela concentração da libido em zonas erógenas. A sexualidade infantil surge ligada as necessidades orgânicas e acaba se apresentando autoerótica, procurando a satisfação de seus desejos em seu próprio corpo.
Consequentemente, os impulsos sexuais se originavam de partes específicas do corpo, conhecidas como zonas erógenas – a boca, o ânus e os genitais. Cada zona dava origem a seu próprio tipo de impulso sexual, e a força de cada um poderia ser aumentada pela estimulação da zona erógena apropriada. Esses impulsos produziam tensões que precisavam ser descarregadas.
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