Teorema de Coase

ANTECEDENTES HISTÓRICOS
Ronald Coase, economista norte-americano de origem britânica, nasceu em 1910. Participou da Escola de Economia de Londres, onde recebeu o título de bacharel de comércio em 1932. Começou a trabalhar na Universidade de Buffalo e tornou-se um cidadão americano depois de se mudar para os Estados Unidos na década de 1950.
Quando seu aniversário de 100 anos se aproximou, Coase dedicava seu trabalho em um livro que versava sobre a ascensão das economias chinesa e vietnamita. Em maio deste ano, Coase foi homenageado com um doutorado honorário pelo Departamento de Economia da Universidade de Buffalo.
Coase é mais conhecido por dois artigos em especial: "A Natureza da Firma" (1937), que introduz o conceito de custos de transação para explicar a natureza e os limites de empresas, e "O Problema do Custo Social" (1960), que sugere que se bem definidos os direitos de propriedade os problemas de externalidades poderiam ser resolvidos. Dessas ideias, tem-se a fundamentação do chamado “Teorema de Coase”. Esse teorema afirma que se o comércio de uma externalidade é possível e não há custos de transação, a negociação vai levar a um resultado eficiente independentemente da afetação inicial dos direitos de propriedade.

PENSAMENTO ANTERIOR AO DE COASE

Pode-se dizer que o pensamento que antecede o de Coase foi dado por Arthur Cecil Pigou (1877-1959), que foi aluno e sucessor de Alfred Marshall na disciplina de Economia Política da Universidade de Cambridge e professor do renomado Economista John Keynes. Em 1920, Pigou, em seu livro, “A economia do bem estar”, discorreu sobre as externalidades, que era todos efeitos involuntários oriundos de atividades produtivas, seja elas individuais ou empresariais. Para ele, essas externalidades poderiam ser positivas ou negativas. Aquelas, mesmo que raras, ocorreria quando tal efeito involuntário trouxesse benefícios para os outros, enquanto estas originariam exatamente o contrário e, diferentemente das positivas,