Teologia

1) Tendo como referências as leituras indicadas, qual a relevância de uma “teologia da cruz” para a igreja brasileira de hoje?

De modo geral, vemos em muitas igrejas brasileiras a ênfase no “sucesso” do cristão com o foco em uma prosperidade distorcida, onde a vida do crente é feita somente de vitórias e bênçãos financeiras; o problema do pecado e a importância do arrependimento também foram deixados de lado em favor de um discurso mais “leve” a fim de trazer apreciadores e não discípulos para o cristianismo. Contrastando dramaticamente com este cenário, está Jesus que não se apegou a bens ou status, mas sendo manso e humilde de coração escolheu o caminho do sofrimento (cruz) para reconstrução da comunhão com o homem e da sua Glorificação pelo Pai.
Como abordado por John Stott em todo o livro, a cruz é o cerne do cristianismo e não haveria razão para existência dessa religião sem a obra da cruz. Ela é mais do que um símbolo de identificação da crença em Jesus; refere-se ao amor divino pela humanidade, à situação de cada individuo diante do perdão de Deus aos pecados, e traz um novo modo de vida pautado na santificação, amor ao próximo e sacrifício. O individuo que vive sobre o evangelho da cruz nega a possibilidade de salvação por méritos humanos; entende o sofrimento de Cristo e percebe o Deus Emanuel presente nas lutas diárias; e crê que a morte do Filho do Homem traz o valor de cada ser e a responsabilidade para com cada irmão.
A teologia da cruz é importante, portanto, pois aponta para a centralidade de Cristo em todos os âmbitos, desfazendo, dessa forma, todas as distorções citadas no primeiro parágrafo e trazendo equilíbrio e veracidade para a vida do crente.

2) Comente sobre o que é ser Igreja segundo o Novo Testamento.
Como cita John Stott “a comunidade cristã é essencialmente uma comunidade da cruz.” A igreja no Novo Testamento é “filha” da cruz, vive por meio e sob ela; nela há um novo relacionamento com Deus; a ceia se torna a