teologia e ciência dogmática

Teologia e Ciência
Encontram-se no mesmo âmbito o discurso da teologia da dominação e o discurso da ciência dogmática, tendo como foco o contexto das relações de poder existentes nos dois campos de saber. Ambas possuem relação de poder com enfoque para legitimá-las e exercê-las. A partir de uma análise histórica, problematiza o discurso teológico da dominação em função de sua imperatividade, justificando seu exercício do poder em nome de Deus, o que leva ao discurso da Inquisição que tinha como propósito de dar legitimidade e seguridade ao estabelecimento de uma instituição de poder, não de um poder epistemológico, mas sim, de um poder teológico. A crítica ao discurso da Ciência Dogmática tem por base a concepção sobre o homem e o mundo, o que ocasiona a anulação da pluralidade cultural e outras visões epistemológicas. O conhecimento moderno gerou uma função fragmentada da compreensão do homem e do mundo, conduzindo a uma simplicidade da concepção mecanicista. Com a intolerância às diferenças, a dogmatização do discurso científico se tornou uma das principais questões da modernidade. Logo, a visão do discurso imperativo no campo epistemológico, a Ciência impôs sua postura dogmáica em relação a outras possibilidades ou concepções de verdade, num resultado muito parecido com às imposturas do Cristianismo messiânico. A partir da conjuntura epistemológica da modernidade, a ciência fez com que o comportamento da sociedade reduzisse o pensamento crítico, de acordo com Japiassu Severino, a ciência se torna um instrumento de guerra e de dominação em contextos estratégicos, assumindo o exercício da função ideológica.
O “poder do saber” trouxe à sociedade perigo, principalmente no âmbito da Engenharia Genética, como sucedeu com a promissora “era atômica”, no sentido de um progresso ilimitado. Para Foucault, o problema do poder científico se encontra na ameaça atômica que rodeia o gênero humando e o destino do mundo pela ordem do saber, caminhando junto com o