Teologia Brasileira

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Ao iniciar-se o século XX, a teologia existente no Brasil, tanto católica quanto protestante, refletia a postura tradicional dessas duas tradições. No final do Império e nas primeiras décadas da República, a teologia católica era fortemente tridentina e ultramontana, ou seja, alinhada com o Vaticano. Entre os protestantes, predominava o pensamento conservador, tanto na vertente arminiana quanto na calvinista. Todavia, com o passar do tempo fez-se notar a influência de algumas correntes teológicas do hemisfério norte e da própria América Latina, surgindo o que definimos hoje como Neopentecostalismo.
No âmbito protestante, a primeira das novas abordagens a causar um impacto no Brasil, como também em outros países latino-americanos, foi o Evangelho Social. Contribuíram para isso duas conferências missionárias patrocinadas por norte-americanos: o Congresso do Pana­má (1916) e o Congresso de Montevidéu (1925). Os relatórios desses encontros revelam o grande interesse de muitos participantes pela dimensão social do evangelho. Um entusiasta do evangelho social foi o pastor e líder da cooperação evangélica Erasmo de Carvalho Braga (1877- 1932). A nova ênfase encontrou expressão através de entidades como a Confederação Evangélica do Brasil (criada em 1934) e a União Cristã de Estudantes do Brasil (UCEB). Curiosamente, o evangelho social chegou ao Brasil numa época em que estava em declínio nos Estados Unidos.
De modo geral, o pensamento progressista se manteve restrito a indivíduos ligados ao nascente movimento ecumênico e aos seminários de algumas denominações, sem alcançar diretamente a igrejas. Em 1931, no seu livro A República do Brasil, Erasmo Braga deu um testemunho sobre o caráter eminentemente conservador das igrejas evangélicas do Brasil. Por volta dessa época, a neo-ortodoxia de Karl Barth e a teologia liberal de indivíduos como Harry Emerson Fo dick (1878-1969) começaram a atrair o interesse dos meios acadêmicos e de alguns ministros.

Paulo Romeiro em um de

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