Tenentismo-FDP

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Tenentismo
O século XX herdou uma série de questões que vinham desde o Brasil colônia, principalmente no que concerne a política, ou seja, inicia-se o século XX com o Brasil nas mãos da elite, nesse caso nas mãos de uma burguesia cafeeira, responsável pela república e seu desenvolvimento.

Em nível econômico, o Brasil estava preso a hegemonia cafeeira paulista, apesar de haver borracha na região amazônica e também outras culturas. A indústria ainda não tinha tanta representatividade, apesar de haver um processo de urbanização, principalmente pela afluência de imigrantes, vinda não somente de outros países como também saindo das atividades agrícolas. Nas cidades as pessoas poderiam trabalhar no artesanato, no comércio de rua, em fabricas de pequeno porte e outros ramos, como os profissionais liberais, serviços domésticos, trabalhadores de porto...

A indústria brasileira não competia economicamente com os cafeeiros, mesmo porque este ramo se iniciava, precisando até mesmo importar as máquinas. Mesmo assim, abriram-se fábricas de tecidos de algodão, porém, de qualidade baixa – um mercado que abastecia a população pobre.

O surgimento de indústrias acarretou no surgimento do proletariado brasileiro, ou melhor, do operário. Por causa das más condições de trabalho insurgiram revoltas, greves e protestos por parte da população.

Apesar do surgimento da indústria, da diversificação que ocorria na agricultura paulista e da força cafeeira, o Brasil mergulhava-se em dívidas, sendo que em 1928 o Brasil era o país com maior dívida externa da América Latina, com 44,2% da dívida. Por causa das dívidas, vários acordos tiveram que ser feitos para a segurança dos agiotas internacionais, como o funding lan em 1898. Essa dívida se arrasta até hoje, sendo que o Brasil teve até que promover leis que assegure o pagamento das dívidas.

No que concerne ao social no período da República Velha não havia leis trabalhistas que assegura-se pelo menos a dignidade do trabalhador.

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