Telejornais e cultura do medo
Os telejornais sensacionalistas e a cultura do medo
A partir da década de 1950, assistir televisão caracterizou-se como um fenômeno de massa. Se antes os livros eram os principais meios de acesso à informação atualmente um dos principais meios difusores de informação passou a ser a televisão. Dentre os diversos tipos de programas televisivos, o jornalismo sensacionalista é uma vertente com bastante destaque no cenário nacional. Atualmente contamos com dois telejornais (nacionais) neste segmento, líderes de audiência em suas faixas de horário.
O gênero (sensacionalista), que tem como estilo e forma explorar a violência ao extrair do fato a sua carga emotiva e apelativa, vale-se da linguagem ágil, coloquial e do impacto da imagem para promover uma informação de rápida assilimação e grande comoção, gerando a espetacularização dos temas que trata. Neste segmento, as matérias em geral têm o tempo e a duração necessários para manterem a audiência, sendo comum um único caso/notícia ocupar toda a grade horária do telejornal. Aqui o aprimoramento tecnológico, ao permitir desenvolver notícias em tempo real, tornou-se um forte aliado à cobertura jornalística, vide os links ao vivo e as imagens exclusivas obtidas de última hora e freqüentemente utilizados em tais programas. O medo de cada dia
De segunda a sábado por aproximadamente três horas diárias a cena se repete, o apresentador em pé no estúdio, em um cenário formado por monitores de TV, por onde acompanha ao vivo os acontecimentos mais estarrecedores do dia, comunica-se pelo ponto eletrônico com a direção técnica do programa, pede a repetição de imagens, dá ordens, gesticula com as mãos, movimenta-se com liberdade, dá as costas para as câmeras, anda pelo estúdio, abusa de expressões faciais, e, principalmente, faz seus julgamentos. Sendo freqüentes as vezes em que o apresentador xinga os alvos das matérias (qualquer acusado de cometer algum crime) usando expressões como: